terça-feira, 17 de maio de 2011

Higiene Natural

Olá...

gente cada dia uma nova descoberta, sei que nem tudo que leio ou pesquiso vou conseguir usar mas olha essa reportagem no site da Ana Maria Braga que bacana.
Espero conseguir praticar uma parte disso.

beijos a todas (coloquei na integra)


fonte - http://anamariabraga.globo.com/home/canais/canais-saude.php?id_not=3975

Livre de fraldas

Como praticar a higiene natural com o seu bebê!
Quando foi divulgado no Facebook de Ana Maria Braga a foto de sua filha Mariana Maffei Feola, segurando em um penico a bebê de três meses, Joana, houve muitos comentários em toda a web questionando o método. Pouco se sabe, mas tal técnica é chamada de "higiene natural", em português, e "elimination communication", em inglês.
Antiga e comum em alguns países do oriente, essa é uma escolha de muitos pais pelo mundo que viram mais vantagens que o uso de fraldas. Por isso, pode ser uma boa escolha para aqueles que irão acompanhar o crescimento de seus bebês de perto, o tempo todo.
Leia abaixo o relato exclusivo de Mariana, que conta tudo sobre a higiene natural que pratica com sua filha - desde quando a pequena Joana tinha duas semanas de idade!
Mariana e Joana
A foto divulgada de Mariana posicionando Joana no penico
 "O método da comunicação da eliminação, ou ‘elimination communication', está cada vez mais famoso no ocidente. Existem vários livros sobre o tema, dos quais eu li dois: um da autora americana Ingrid Bauer, intitulado ‘Diaper Free', e o outro da famosa e expert no assunto Laurie Boucke, ‘Infant Potty Training'. Há diversos nomes para essa abordagem da higiene com os bebês e cada pessoa usa o termo que mais se aproxime do que é realizado.
Livro  Livro
Livros recomendados (em inglês): Diaper Free, de Ingrid Bauer, e Infant Potty Training, de Laurie Boucke
O essencial é que tentemos ler os sinais que os pequenos mostram, em diversos níveis, e que respondamos às suas necessidades básicas - no caso, de eliminação. Os bebês têm as mesmas sensações que os adultos ao fazer cocô e até xixi. O que precisamos é estar atentos e disponíveis para ajudá-los, como com todo o resto: alimentação, vestuário, banhos e também (porque não?) xixi e cocô. É fantástico como as respostas são rápidas! E como ficam felizes de se comunicarem conosco em tantos níveis.
Não me vejo mais trocando fraldas, como fiz nas primeiras duas semanas da pequena. É algo único, mas não para todo mundo. Precisa haver um profundo interesse da mãe, ou cuidador, em se comunicar com o bebê e responder às necessidades deles na hora em que elas aparecem - isso é fundamental. Na troca de fraldas, lidamos com a eliminação do bebê após ela acontecer. Na higiene infantil isto é feito antes, ou melhor, no ato da necessidade dos anjinhos.
Um dado interessante é o de que 50% das crianças do mundo são criadas sem fraldas. Em quase todo o oriente, as culturas vêm lidando com a eliminação de seus bebês através da observação de seus sinais que, depois de um pouco de prática, se tornam óbvios. Fico imaginando quantos choros de bebês são mal interpretados, quando o que eles querem é só fazer um xixizinho básico.
Comecei a higiene natural quando Joana estava com duas semanas de vida fora do útero. Antes do nascimento da pequena eu havia optado por usar fraldas de pano, mas com o calor resolvi deixá-la sem fraldas e fui pesquisar na internet qual seria a fralda perfeita, para que minha pequena não ficasse toda cheia de calor! Foi quando li um artigo sobre o ‘elimination communication'. Na hora me identifiquei com o conceito e meu marido e eu nos jogamos de cabeça, deixando Joana sem fraldas 100% do tempo que ficávamos em casa. Agora, aos três meses da boneca, de maneira geral não usamos fraldas - incluindo saídas. É incrível como os bebês tem controle e capacidade de reter urina, que aumenta com o passar das semanas.
Joana e Mariana no aeroporto Joana e Paschoal
Joana sem fralda em saídas com os pais Mariana e Paschoal Feola!
Sinto progresso na nossa comunicação a cada dia. Vai ficando fácil e natural, por isso a confiança de sairmos de casa sem que a Joana use fraldas! Uso banheiros nos locais públicos, colocando minha Joana para fazer seu xixi na pia. Há poucos dias introduzi o pinico infantil, e o levo nas viagens e na casa dos vovôs. Ela agora usa calcinha para nenês! Que lindo é ver um bebê sem aquela almofada de fralda no meio das perninhas tão pequenas. Há pessoas que praticam o método usando fraldas 100% do tempo, só as retirando para as oportunidades de xixi e cocô, oferecidas ao nenê de vez em quando.
Cada bebê tem suas próprias linguagens corporais e vocalizações quando está para eliminar xixi ou cocô. Há bebês que se comunicam melhor e, outros, são mais discretos. Enquanto alguns bebês ficam agitados antes de fazer suas necessidades, há outros que ficam mais calmos e plácidos. Os cocôs são fáceis de perceber e também acontecem menos que os xixis.
Em alguns países do Oriente, África, Índia e Oriente Médio, os bebês são ensinados a chorar quando precisam fazer xixi
Agora, com a entrada voraz da cultura Ocidental no Oriente, muitas famílias querem usar fraldas para se parecerem conosco. É triste pensar que um método tão natural e tão enraizado na cultura de um país continental está sendo abandonado. Imagine o lixo gerado se todos os bebês chineses usarem fraldas descartáveis?! Inimaginável! A fralda descartável é o segundo item mais encontrado em lixões - atrás apenas de jornais. Uma criança pode usar, até os dois anos de idade, mais de cinco mil fraldas! Imaginem isso!
Voltando ao assunto, há diversas maneiras de fazer a comunicação da eliminação. Os bebês têm padrões de eliminação: assim que acordam; após se alimentarem; tantas vezes por hora. Os cocôs passam a acontecer num horário conhecido do dia, ou ficam muito óbvios, pois os corpinhos dos pequenos se contorcem e eles fazem gemidos de força. A Joana costuma chorar um pouquinho quando quer fazer xixi. Quando sinto que ela está desconfortável, logo ofereço uma oportunidade para ela se aliviar, seja no penico, na pia, na privada, na grama do jardim. Que lindo é ver a criança fazer o xixi assim que colocada na posição. É algo transformador! Imaginar que podemos nos comunicar com nossos filhos nesse nível de entendimento. É uma alegria tremenda e vale todo o esforço.
Joana no penico
Joana usando o penico
Meu maridão, Paschoal, sempre me apoiou e desde o início da prática me auxilia com carinho. Quando ele percebe a necessidade da pequena e a coloca pra fazer o xixi, e acontece, ele fica todo feliz! Minha mãe acha demais que isso possa acontecer e fica boba toda vez que a Joana usa o penico. Minha tia conta para todos que sua sobrinha-neta não usa fraldas. Aos poucos meus amigos começam a querer ajudar também, tentando ler os sinais da pequena e se conectarem. Dizem: 'Acho que sua pequena quer fazer um xixizinho!'.
Os bebês têm, sim, a percepção de suas eliminações e o método comprova isso. Com o uso contínuo da fralda descartável, que solidifica a urina com um gel químico, faz com que os bebês percam essa consciência - já que fazem xixi, mas não se molham. Com o passar do tempo o bebê "esquece" de seu esfíncter, pois faz xixi e não ‘sente' nada. Depois temos de ensiná-los novamente a tomarem consciência desse músculo - e há muitas histórias de desfraldes traumáticos às crianças. Nós os ensinamos todo o tempo a fazerem de suas calças seus penicos e, depois, temos de ensiná-los novamente? Não parece muito justo para mim. Parece toda uma cultura baseada em ‘segurar' suas necessidades, ao invés de liberá-las. Se as necessidades de nossos bebês são respondidas desde o início, eles não precisam ser treinados a reconhecê-las de novo.
Existem diversos motivos para os pais escolhem fazer a higiene natural infantil, assim como diversas críticas a ela. Como dito, é um método que existe há muitos anos, mas ultimamente tem estado em evidência, pois muitas famílias estão aderindo e praticando com seus filhos. O ideal é começar desde o nascimento, a partir do mecônio (primeiro cocô do nenê), mas existem os "late-starters", que começam após os seis meses da criança ou mais. Pode ser mais difícil, mas não impossível. Existem famílias que logo deixam os bebês sem fralda 100% do tempo, outras que mantêm a fralda 100% do tempo e tira-a para oferecer a oportunidade do xixi. Muitas famílias carentes, sem condições de comprar fraldas, praticam o método sem nem saberem.
Joana
Joana livre de fralda no calor
São inúmeros benefícios e eu recomendaria aos interessados uma leitura mais profunda no tema. O importante é manter uma postura relaxada e positiva ao fazer a higiene natural. Os acidentes fazem parte do processo, mesmo em desfraldes nas crianças de dois anos. Este método não é desfralde prematuro, mas sim comunicação com bebês.
Existem situações especiais e diversas dúvidas que podem ser sanadas com os textos disponíveis na internet. Infelizmente, a maioria deles é em inglês. Aliás, penso em escrever um livro sobre minha experiência com a Joana. Acho um método eficaz e muito higiênico, que produz muito conforto para o bebê, além de evitar assaduras, aumentar o contato ‘pele a pele' entre mãe e filho, aumentar a participação do papai com os cuidados com os pequenos, regular a digestão, criar consciência corporal, economizar dinheiro, ser uma solução ambiental, facilitador da independência dos bebês, desenvolver a intuição dos papais, além de ser divertido! Portanto, informe-se! Há muito a ser dito sobre o tema. Para praticar o fundamental é ter amor! Cada família acha o melhor jeito de praticar a comunicação de eliminação: o seu jeito!".
Relato de Mariana Maffei Feola / Texto de Viviam Santos

3 comentários:

Lilian Amorim disse...

:o
Cunhada estou aqui bestificada...rs
Juro que nunca tinha ouvido falar neste assunto.
Confesso que achei estranhíssimo ver um bebê sentado no pinico kkkkkkkk
Pra minha realidade isso seria impossível de adotar em casa rsrsrs
Beijinhos

Talita disse...

Ai, darei minha opinião tá? rs
Como eu estudei a parte psicológica toda que envolve o desfralde, que antecipado pode gerar uma prisão de ventre pq a criança fica prendendo, acho que uma coisa precoce assim é ruim. Não pros pais que possuem tempo pra tal coisa e sim pro bebê mesmo...
Pensando na parte ecológica e econômica da coisa toda tem as fraldas de pano, né?
Mas é válido ler sobre o assunto!

Beijosss

Anônimo disse...

Isso nao é um desfralde Talita estudante 'profunda' de psicologia, isso é um método natural, comunicaçao com o bebe :)